quarta-feira, 9 de março de 2011

Distância II


Um dia me perguntaram o que eu sinto por você. Eu respondi, sincera e tranquilamente, que não sabia. "Você não alega amá-lo com todas as suas forças, que chega a doer? Não alega pensar nele o tempo todo? Não diz desejá-lo tanto que te magoa? Como podes não saber o que sente?". Sim, tenho você em meu coração, guardado, entalhado com tanta força que dói; Sim, eu penso muito em você, as vezes tanto que eu me perco em meus sentidos, em minhas palavras, nos meus pensamentos; Sim, eu desejo você a todo instante, penso em como seria se você estivesse aqui, se eu pudesse adormecer em teus braços, se você sentiria o mesmo desejo; Mas eu não sei o que é isso. É diferente de tudo que eu já senti por alguém, até hoje. Então concluíram a pergunta com um tímido "como podes amá-lo se nunca o viu?". Essa eu soube responder - sempre soube -: "Eu admiro tanto o que ele me diz, admiro tudo o que ele escreve, porque, suponho eu, que ele esteja escrevendo o que está pensando e sentindo. Concorda? Pois é... e para mim, o que uma pessoa sente e pensa vale mais que a aparência física que ela tem.O caráter importa mais que a aparência. Eu posso não saber como é ser abraçada por ele, posso não saber que gosto os lábios dele têm, posso não saber como é o riso dele, posso não saber como ele se veste, posso não saber como é adormecer nos braços dele, acordar e ver que ele ainda está ali, posso não saber o que é ouvir ele sussurrando no meu ouvido um 'eu te amo' verdadeiro, mas eu sei, com certeza, que ele é incrível, de qualquer forma, em todos os aspectos". Depois de ter dito isso, concluí: "talvez eu o ame".

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